Bem Vind@s!!

Este é o canal acadêmico de comunicação interativa, democrática e participante d@s Alun@s, Monitor@s e Professor da Disciplina Manifestações Culturais Aplicadas à Educação Fíisica da UFPB do semestre 2009.1.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Michelle Sabrina - Diários de Bordo e Matrizes

DIÁRIO DE BORDO PEDAGÓGICO 30/04/09

1 O que eu aprendi
Aprendi que além de divertidas, as danças populares são um forte instrumento de socialização e massificação da cultura.
Influencia positivamente as crianças, que atualmente, têm pouco contato com as diversas culturas existentes no país, despertando interesse e mostrando seu valor na formação sócio-cultural do indivíduo.

2. Como me senti
Me senti surpresa, por não conhecer nenhuma das danças e até por me interessar por elas.

3. Como eu poderia melhorar na aula de hoje
Não sei como poderia melhorar. Demonstrei interesse e participação durante toda a aula

DIÁRIO DE BORDO PEDAGÓGICO 27/05/09

1. O que eu aprendi

-A origem da cultura brasileira é majoritariamente lusitana, porém extremamente miscigenada.
-Os conhecimentos históricos a respeito do descobrimento do Brasil atualmente massificados são discrepantes com a verdade: o caminho para o Ocidente foi cartograficamente planejado.

DIÁRIO DE BORDO PEDAGÓGICO - 02/07/09

1. O que eu aprendi

etnoginástica
-aplicabilidade: objetivos da ginástica de academia com elementos de danças populares.

os antecedenes culturais brasileiros - africa
- os elementos da religião, estética, comerciais, característicos das tribos africanas que foram
incorporados às raízes brasileiras.

Danças do nordeste:
-caninha
-camaleão
-galope
-

2. Como me senti
surpresa pela aplicabilidade da etnoginástica, como inovação e até mesmo substituição de muitas aulas
monótonas e antiquadas de ginástica de academia.


DIÁRIO DE BORDO PEDAGÓGICO - 03/07/09

1. O que eu aprendi

recaptulação das danças anteriormente vistas

2. Como me senti

mais motivada a repassar as danças culturais às novas gerações

3. Como eu poderia melhorar na aula de hoje

acredito que participei ao meu máximo, apesar do cansaço físico (antes da aula)

DIÁRIO DE BORDO PEDAGÓGICO - 08/07

1. O que eu aprendi
-Video: Matriz SUlina. As origens, desenvolvimento, tradiçoes, heranças e processo de aculturação do sul do Brasil.

2. Como me senti
Supresa ao perceber uma região com tradições que transcendem o decorrer e a mudança das épocas.

DIÁRIO DE BORDO PEDAGÓGICO - 23/07/09

1. O que eu aprendi
Dança Côco Paparú
Dança Rosa
Criação de passos para uma ciranda

2. Como me senti
Estimulada a trabalhar a criação de passos para as danças juntamente com as crianças.

DIÁRIO DE BORDO – 13/08/09


Aula de Capoeira

1.O que eu aprendi
Didática de alongamento aplicado à capoeira.
Alguns movimentos simples da capoeira.

2.Como me senti
Motivada a trabalhar capoeira nas aulas de educação física infantil como uma ferramenta biopsicopedagógica do conteúdo educacional.

3.Como eu poderia melhorar na aula de hoje
Tenho certeza de que participei da forma que pude da aula, interagindo com os outros alunos e com o professor, contribuindo até para um maior interesse de alguns.


A Matriz Tupi


A Terra Brasileira surge de uma utopia, de uma ‘terra sem males’, da ‘morada de Deus’. Antes da chegada do europeu, habitava a humanidade indígena, que gozava a vida, que respeitava a natureza, e dela tirava o seu sustento.
Povoado de povos tribais, de línguas e costumes inerentes, totalmente autosuficientes, destacaram-se os tupi guaranis, que em milênios de existência, em sua diáspora diversificaram sua cultura, domesticaram animais e plantas, nomearam os rios e as regiões.
Era um povo extremamente espírita. Acreditavam na vida após a morte, num paraíso natural, de cantos e danças. Não se distanciavam da abstração, atribuindo a cada ser vivo e não-vivo uma alma espiritual. Tinham um conceito coletivo nas aldeias, onde tudo era de todos e ninguém era dono da terra. Viviam em malocas, que abrigavam muitas pessoas. Dividiam suas tarefas e funções, de acordo com gênero e idade. Tinham notável liberdade, pois tudo era natural, e a homossexualidade era comum e imaculada. Havia a presença da arte em todos os seus instrumentos, utensílios, acessórios, vestimenta e no corpo. Eram caçadores e guerreiros habilidosos. Apesar dos valores coletivos dentro da aldeia, eram implacáveis com seus inimigos.
Os rituais antes e após as guerras eram minuciosos, sendo importante uma longa exibição antes. Os prisioneiros capturados participavam da festa de sua captura, e no dia seguinte eram executados, e seu corpo despedaçado e comido. Sua morte tinha um sentido justificado pela morte de companheiros captores.
Os índios não tinham características políticas. O conhecimento de um era de todos. O chefe não ditava ordens, apenas mediava a conivência. Entremeavam-se pelo carisma e supervalorizavam a história de seus antepassados.
Nos deixaram de herança um mundo entregue. Técnicas de sobrevivência, conhecimentos da natureza. Hábitos de higiene, possibilidade de convivência pacífica e o conceito de beleza em tudo.

A Matriz Lusa

Notadamente a primeira a ser formada, a nação Lusa perdura orgulhosamente com milênios de conquistas, derrotas, revoluções e reformulações, na área econômica, política, cultural e social, demarcando seus territórios e suas características próprias.
A raiz étnica do povo luso é impossível de ser mensurada. Resultado de séculos de dominações dos invasores mouros e sua posterior expulsão, presença e estabelecimento de comerciantes e povos dominados, e das lutas contra os castelhanos. Perante tamanha mistura racial, a língua portuguesa sofreu densas mudanças, até resultar numa linguagem falada bem diferente da escrita.
Sendo os pioneiros nas tecnologias de navegação, os portugueses expandiram seus domínios e desenvolveram o comércio pesqueiro, ampliando contatos com outros povos (peninsulares, árabes e asiáticos) que trouxeram imprescindíveis influências e conhecimentos nas diferentes áreas de conhecimento: os árabes trouxeram conhecimentos matemáticos, arquitetônicos, econômicos, como também profundas influências culturais, perante os 400 anos de presença no país.
A economia, também com base agropastoril, favoreceu a emergência dos costumes e crenças religiosas, presentes na cultura portuguesa e, mais tarde, da brasileira. Um importante ritual religioso é a Festa do Divino (incorporada no Brasil como Festa do Espírito Santo). O rito tinha três etapas básicas: os meninos, simbolizavam o menino-Deus nascido na terra; a declaração de comida para todos, com a realização de um banquete, reiterando as Escrituras e a concepção de que “não haverá fome no mundo” por meio de Deus; e a soltura dos presos, também com simbologias.
O processo de emancipação de Portugal e estabelecimento como o maior Império do mundo medieval deu-se com o enriquecimento comercial e imperialista. Esta emergência abrangeu também o crescimento intelectual e o cientificismo, aludindo aos conhecimentos tecnológicos empíricos obtidos pelos anos de potência naval, e aos levantamentos cartográficos e experimentos, antes considerados heréticos. Embora a ciência ter explodido como nova ideologia contrapondo-se ao eclesiástico e ao fundamentalismo religioso, enfrentou muitas críticas e perseguições, porém encontrou a solução ao declarar que tais concepções e conceitos tinham iluminação e influência divina.
O novo apoio ao desenvolvimento científico caracterizou o ‘desbravamento’ de continentes e a expansão de horizontes terrenos e ideológicos jamais imaginados. Esta nova era ocasionou uma nova fonte de riqueza: o comércio escravista, que tão profundamente delineou o período colonial, ao descobrimento do continente sul-americano.
Embora perdurem ainda concepções discrepantes acerca da colonização do Brasil, é reconhecido que o período de desenvolvimento da tecnologia de ponta em Portugal ocasionou a descoberta pré-planejada das terras ocidentais. Estabelecidos no Brasil, os lusitanos incorporaram sua essência física e metafísica nas origens da recém descoberta Nação Brasileira.

A Matriz Afro

A África, considerada o “continente Negro”, nunca foi homogênea. Povoada por tribos nômades, caracterizou-se por diversos elementos advindos de cada grupo. E a cultura brasileira está impregnada de vários desses elementos.
A incorporação do negro às raízes do povo brasileiro teve início com o “Ciclo da Guinea”, (Bantus) quando os primeiros aportaram já como escravos, destinados à exclusão social, ao trabalho brutal, à exploração moral e condenados ao submundo até tempos recentes. Junto com eles, trouxeram seus conhecimentos e práticas natais: cerâmica, agricultura, criação de gado, moeda e a própria escravidão, já uma prática deles, porém com um aspecto mais humanístico.
É importante destacar o elemento mais marcante dos negros africanos, que é sua cultura religiosa. Sendo um povo extremamente espiritualista, acreditavam numa dualidade do mundo: o visível e o invisível. Reverenciavam O Deus, Pai e Criador de tudo, e seus antepassados, considerados os mais próximos dos descendentes, todavia com caráter antropocêntrico, o homem como o centro do bem e do mal. Criam no poder espiritual dos feiticeiros e o Rei, adornado, era o abençoador. Davam importância sagrada ao ferro, criando ‘deuses metalúrgicos’, e conheciam bem as artes da guerra.
Os nagôs (iorubas) foram compor a fisionomia biológica e cultural dos baianos, dos recifenses e dos maranhenses. Os alçás, influenciados por povos árabes, cultos, chegaram ao Brasil com ideais antiescravistas, dando início às revoltas.
Como referência para o Brasil, nossos descendentes negros a produção estética, a religião, a economia monetária. Os seus deuses ainda estão e extremamente presentes na modernidade. O negro pode ser considerado o componente mais criativo da cultura brasileira, e sua cultura pode salvar o mundo, pois ressalta valores além do capitalismo excessivo, pois pregam valores ‘além dos que podemos ver’.


A Matriz Sulina

Antes da chegada dos jesuítas ao sul do Brasil, habitavam os índios guaranis, canibais e sem males. Baseando-se em ideais cristãos, os jesuítas pensavam em reinventar uma civilização, assim ensinaram ao índio guarani, universalizando a língua, os ritos e a submissão passiva ao catolicismo. Desorganizaram o conceito índio de civilização e sua visão cósmica, representando uma ‘lavagem cerebral’. Nisto resultou o trabalho disciplinado e o êxito mercantil.
Inconformados com a exploração das missões, manifestaram-se os mamelucos paulistas (canalhas), incultos, gananciosos ladrões, conhecidos como os Bandeirantes, tomaram também parte no comércio dos índios.
Vivendo em torno do gado sem dono do Pantanal, dos Pampas e do Chaco, em atividades agropastoris, nascia uma nova etnia livre, de mestiços de índios, brancos pobres e destituídos das missões. Esse povo mantinha seus costumes próprios e ostentavam sua dignidade através de canções e histórias recitadas permeando um sentido histórico ao seu povo. Pela ausência de fronteiras, brigaram por terras com os portugueses e espanhóis.
Na costa e no campo, dos grupos espalhados fixaram-se instâncias, com também participação do negro escravo. Com a chegada dos imigrantes europeus, modernizaram a economia sulina.
É importante ressaltar o conceito coletivo das terras do povo sulino, as faxinais, onde existem posses privadas e coletivas, e cada grupo ou família tem o seu papel e seus limites. Porém essa região encontra problemas com a disponibilidade de terras, caracterizando os peões, ‘reservas de mão-de-obra’, compondo o grupo MST.
Diferentemente do restante do Brasil, o processo de aculturação no sul ainda não é completo, porém, a industrialização e os meios de comunicação de massa se responsabilizam pela progressão da uniformização dos povos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário